A pressão da comunidade científica funcionou. Nesta segunda-feira, 16 de janeiro, o governo publicou no Diário Oficial da União uma portaria que recupera R$ 1,7 bilhão para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2017, no final do ano passado, estes recursos haviam sido transferidos de uma fonte segura (Tesouro Nacional) para outra, que não garantia os pagamentos.
Segundo o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson Bittencourt de Andrade, a portaria tem efeito imediato. “A Portaria retorna 100% dos recursos que haviam sido contingenciados. São recursos referentes à Pesquisa de Desenvolvimento das Organizações Sociais, à administração do MCTIC e operações especiais – formação, capacitação e fixação de recursos humanos qualificados para CT&I – totalizando, assim, o R$ 1,7 bilhão retirado”, disse.
Os cortes do orçamento de CT&I na LOA 2017 foram percebidos pela SBPC logo que a Lei foi sancionada. Imediatamente, a SBPC escreveu uma nota de protesto e mobilizou nove entidades científicas para apoiar a manifestação, que alertava sobre as consequências drásticas dessa manobra para a área. O manifesto repercutiu em toda a imprensa nacional.
“Vamos, toda a comunidade científica, continuar na luta para que mais recursos sejam alocados, e atentos para que nenhum deles seja retirado”, conclama a presidente da SBPC, Helena Nader.
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Apesar da vitória no orçamento, Nader também fala sobre a importância de todos os professores, pesquisadores, estudantes e demais profissionais que atuam em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), bem como toda a sociedade, endossarem o abaixo-assinado para pressionar o governo a garantir recursos para o desenvolvimento da CT&I no país. Desde sua criação, mais de 26 mil pessoas já assinaram a petição. O abaixo-assinado está disponível online aqui.
Fonte: Jornal ADUFRJ
Imagens por microscopia mostram o início da divisão celular e a sua fase final com o ADN (a azul) das células filhas já separado.
Imagine um daqueles interruptores que permitem a regulação da intensidade da luz. Neste cenário, a luz seria a proteína estudada nesta investigação. Assim, quando aumentamos a presença de Repo-Man desencadeamos uma série de eventos que reprimem os genes. Por outro lado, se apagarmos a luz os genes ficam ativos. A imagem é trazida pela investigadora Inês Castro que se encontra a trabalhar na Universidade Brunel, em Londres, e assina o artigo que mostra que a Repo-Man, além de importante para a divisão celular, interfere nos nossos genes.
“Não se sabia o que fazia a Repo-Man depois da divisão celular”, a investigação permitiu concluir que esta proteína “tem um papel fundamental em controlar estados de repressão celular”. “A presença da Repo-Man parece atrair uma cadeia de reação associada à repressão de genes – neste caso, temos mais metilação [alteração química] na histona [proteína] H3 (H3K27me)”.
A Repo-Man não é a única proteína identificada com esta capacidade de activar ou desligar genes. É mais um caminho para sabermos como os nossos genes são controlados. “Em situações de alteração de padrão genético, por exemplo, em casos de cancro onde há uma anormalidade de expressão [actividade] genética, podemos começar a tentar investigar quais são os culpados para tal anomalia”, diz a cientista, que antecipa ainda: “Quando um dia soubermos todas as proteínas que trabalham a este nível, podemos verificar num paciente qual ou quais delas poderão ter desencadeado este padrão anormal de expressão genética.” No entanto, avisa, ainda há muito trabalho pela frente.
As investigações que procuram encontrar novas formas de controlo de expressão genética, que vão além da informação contida no nosso ADN, ainda têm um longo caminho a percorrer. Mas as novas tecnologias de sequenciação genética têm ajudado a completar um mapa de proteínas e outros fatores capazes de ligar ou desligar genes. “Não faço ideia se algum dia este mapa estará completo”,
Fonte: PÚBLICO Comunicação Social SA
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