Por Andréa Pestana

A Rússia entra na corrida da oferta de uma vacina contra o coronavírus e anuncia em 13 de julho que após ter sucesso em testes com humanos, tem possibilidade de distribuição da vacina em agosto próximo. Especificamente, a distribuição acontecerá nos dias 12 e 24 de agosto.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Rússia ocupa o quarto lugar entre os países com o maior número de infectados pelo vírus, os boletins dos órgãos de controle da pandemia informam que cerca de 730 mil pessoas estão infectadas e que 11 mil pessoas morreram.

O Ministério da Saúde da Rússia informou que testes bioquímicos da vacina ainda serão feitos, mas esse processo se finalizará em setembro. Nesse mesmo mês, segundo informação do diretor do Centro Nacional de Pesquisa para Epidemiologia e Microbiologia Gamalei, Alexandre Gintsburg, já se iniciará a produção em massa por laboratórios privados.

O Centro Nacional em parceria com a Universidade Sechenov atuaram na organização dos testes clínicos da vacina, que tivera início em julho e contou com 38 voluntários entre 18 e 65 anos.

De acordo com o mais recente relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 7 de julho, 160 pesquisas estão em andamento, e apenas 21 delas, segundo o documento, estão em análise clínica (ou seja, realizando testes em humanos).

As vacinas contra a covid-19 em estágio mais avançado

Fases do teste

160 estudos em desenvolvimento

Alguns laboratórios têm realizado fases distintas simultaneamente, por isso o número total de estudos na ilustração ultrapassa 160.

Pré-clínica: Doses administradas em animais;

Fase II: Doses administradas em centenas de pessoas;

Fase I: Doses administradas em pequeno grupo de pessoas;

Fase III: Doses administradas em milhares de pessoas;

Aprovação: Resultados são avaliados pelas autoridades regulatórias de cada país, que decidem pela aprovação da vacina.

* Se resultados demonstrarem benefícios, a vacina poderá ser liberada para uso em meio à pesquisa. Fonte: Organização Mundial da Saúde e Cláudio Stadnik, infectologista da Santa Casa. Última atualização: 7 de julho de 2020.

Fonte: GAÚCHAZH