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Pesquisa do Conselho Federal de Medicina é alvo de mais críticas

Needier afirma que a iniciativa enfraquece a confiança em um programa de excelência na prevenção de doenças.

A vacinação em crianças é forma de proteger contra diversas doenças que tiravam vidas no passado | Foto: Fábio Caffe (SGCOM/UFRJ)

Em nota, o Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) repudia a iniciativa do Conselho Federal de Medicina (CFM) para avaliar a opinião dos médicos brasileiros sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses. Conduzida através do site do conselho ou enviada aos profissionais diretamente, a pesquisa questiona os médicos se a aplicação do imunizante deveria ser obrigatória e se o profissional já atendeu crianças com diagnóstico ou complicações decorrentes da doença.

Para o Needier, ao lançar sua “pesquisa” baseada em opiniões, o CFM ignora toda a estrutura técnica especializada que respalda as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as bases da metodologia científica, trazendo apenas insegurança e dúvidas à população. Sem contribuir com evidências sólidas, como esperado de um órgão de classe profissional, enfraquece a confiança em um programa de excelência na prevenção de doenças.

A UFRJ, por meio do Needier, se une a outras instituições, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), maior sociedade científica da América Latina, que repudiou a pesquisa, denominando a iniciativa de “negacionismo favorecido pelo CFM”. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também expressou preocupação em relação à iniciativa do CFM, pois pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população dos locais de vacinação.

Veja aqui a íntegra da nota.

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