Instituto de Microbiologia Paulo de Góes

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INSTITUTO DE MICROBIOLOGIA PAULO DE GÓES

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24/07/2020

Saiba mais sobre o estudo “Evolution and epidemic spread of SARS-CoV-2 in Brazil", publicado por Mariana Ramundo na Revista Science

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O estudo “Evolution and epidemic spread of SARS-CoV-2 in Brazil” acaba de ser publicado na Science (Science 23 Jul 2020: DOI: 10.1126/ science.abd2161)  e possui como co-autores Dra. Mariana Severo Ramundo, egressa do nosso Programa de Pós-graduação em Ciências (Microbiologia), além de colegas da UFRJ, como o Prof. Amilcar Tanuri, e colaboradores do LNCC, como Ana Tereza Ribeiro Vasconcelos. Este foi um amplo estudo multicêntrico envolvendo pesquisadores de diversas instituições de pesquisa no Brasil e ainda da França, Bélgica e Reino Unido.

No Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Mariana Ramundo realizou seu Bacharelado, Mestrado e Doutorado, tendo como orientadora Dra. Agnes Marie Sá Figueiredo. No momento, Mariana encontra-se realizando um Pós-doutorado no laboratório da Dra. Ester Sabino (uma dos corresponding authors deste estudo), no Instituto de Medicina Tropical, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Neste interessante artigo, utilizando um modelo de transmissão orientado pela mobilidade, os pesquisadores demonstraram que as intervenções não farmacêuticas reduziram o número de reprodução de >3 para 1-1,6 em São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, o sequenciamento de mais de 400 novos genomas virais e as análises de um conjunto de dados genômicos, geograficamente representativo, identificou >100 introduções internacionais do SARS-CoV-2 no Brasil. Através de dados filogenéticos, pode-se inferir que a maioria das cepas brasileiras se agrupou em três clades e foi introduzida no Brasil a partir da Europa, entre 22 de fevereiro e 11 de março de 2020. Durante a fase epidêmica inicial, os autores descobriram que o SARS-CoV-2 se espalhou, principalmente, de maneira local e dentro das fronteiras do estado. Após esse período, apesar das acentuadas quedas nas viagens aéreas, múltiplas exportações do vírus, a partir dos grandes centros urbanos, foram observadas, sendo que estas coincidiram com um aumento de 25% nas distâncias médias percorridas em voos nacionais. Este estudo traz, sem dúvida, novos insights sobre a transmissão epidêmica e trajetórias evolutivas das linhagens SARS-CoV-2 no Brasil, além de fornecer evidências de que as intervenções atuais são insuficientes para manter a transmissão do vírus sob controle no país.

Quem se interessar pelo estudo e quiser saber além deste resumo do abstract, poderá acessar o artigo AQUI

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