Neste segundo aumento no número de casos de COVID-19 no Brasil, que ocorreu próximo ao início da campanha de vacinação, muitas pessoas que ficaram doentes recentemente estão em dúvida se devem ou não se vacinar. É sabido que em diversas doenças o processo infeccioso pode resultar em imunização natural, que confere uma imunidade temporária, como na vacinação.
E no caso do COVID-19? Muitas pessoas que se contaminaram recentemente, desenvolvendo ou não os sintomas, estão com dúvidas sobre a necessidade de se vacinar. A Profa. Luciana Costa, do Departamento de Virologia do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (UFRJ) falou um pouco sobre o tema: “Em termos de segurança não há contraindicações para a vacinação de pessoas que tiveram COVID-19 há menos de 3 meses. No entanto, essas pessoas, durante este período (3 a 4 meses pós infecção natural) ainda apresentam em seu organismos os anticorpos totais e neutralizantes, e os demais componentes da resposta imune, que são necessários para a proteção do indivíduo a uma nova infecção pelo SaRS-CoV-2. Sendo assim, durante este período de 3 a 4 meses após a infecção natural pelo SaRS-CoV-2, não haveria a necessidade de imunizar estes indivíduos com a vacina anti-Covid-19.”
A Profa. Luciana Costa ainda coloca que alguns estudos demonstram que a concentração destes anticorpos resultantes da infecção começa a diminuir em nosso corpo após 5 meses da infecção natural, que poderia resultar na possibilidade do indivíduo contrair novamente a doença.
Assim, a professora recomenda que, pessoas que ficaram doentes ou testaram positivo para COVID-19 recentemente, deveriam se vacinar, se não agora, pelos 4 a 5 meses da infecção natural.
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